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OCUPA #3
Com a recente designação de Cidade Criativa das media arts atribuída pela UNESCO, Braga assumiu e confirmou uma posição dianteira neste domínio em Portugal, estabelecendo um agenda programática sólida de eventos, festivais, formações e showcases pelos vários equipamentos muldisciplinares da cidade. Prova concreta desta alegação, conduz-se pela realidade atual com o sucesso internacional do festival SEMIBREVE, a consolidação dos já históricos Encontros da Imagem, a oferta artística e formativa do gnration e o crescente número de artistas locais a operar nesta extensa área.
O OCUPA, evento promovido pela cooperativa AUAUFEIOMAU com apoio da Câmara Municipal de Braga e gnration, recorre a esta visão para cimentar uma perspetiva sobre a produção artística nos domínios da música eletrónica e arte digital por artistas oriundos ou residentes em Braga, componente essencial para a difusão desta matriz conceptual em Braga em plena afirmação nas media arts.
Para a sua terceira edição o OCUPA abre a porta a um convidado internacional, o britânico Roly Porter, que se juntará a dois espetáculos baseados na participação de artistas locais: uma encomenda conjunta a David Machado, Dora Vieira e Tundra Fault, com visuais por Distorted Vision, e a apresentação final do Clube de Inverno, este ano liderado pela editora portuense Crónica. Também novidade será um programa de conversas sobre a relação entre tecnologia, arte e performance, com a participação de artistas e académicos.
AGENDA
programa de conversas
16:30 – Inteligência Artificial e Arte
Miguel Carvalhais (FBAUP), Rui Penha (ESMAE)
moderador: Alberto Simões (IPCA)
Serão os robots capazes de criar? No momento em que o antigo teste de Turing parece desadequado e ultrapassado, um dos grandes problemas com a Inteligência Artificial é que, embora seja relativamente fácil definir o “Artificial”, o conceito de “Inteligência” permanece indefinido. Não sabemos o que é nossa própria inteligência nem como geramos nossa experiência consciente, como tal, a essência da questão desenvolve-se em saber como podemos reconhecer uma consciência artificial, sensível e criativa.
18:00 – Performance em música eletrónica
Roly Porter, Pedro Tudela (FBAUP)
moderador: Filipe Lopes (ESMAD)
A história da música eletrónica, embora com uma vida ainda curta, tem sido rica em revoluções e avanços no campo da produção e da criação com um impacto enorme na música e na sua disseminação. Por outro lado, a sua transposição para o palco tem apresentado, pela sua associação menos óbvia ao desempenho, um percurso mais sinuoso e nem sempre consensual nas abordagens e resultados. Da fita ao live code, do analógico ao digital, do sintetizador ao laptop, esta evolução pujante continua a abrir os caminhos da apropriação do espaço performativo.
programa de performances
22:00 – David Machado + Distorted Vision + Dora Vieira + Tundra Fault – blackbox
A partir de encomenda do OCUPA, quatro artistas bracarenses apresentarão um novo trabalho. David Machado, Dora Vieira e Tundra Fault criarão nova música que será complementada por vídeo de Distorted Vision.
22:50 – Clube de Inverno, por Crónica – sala multiusos
Apresentação pública do Clube de Inverno, espaço informal de encontro, para exploração e improvisação nos domínios da música e som. Nesta segunda edição, o Clube de Inverno fará uma homenagem ao 15º aniversário da editora de música experimental e eletrónica Crónica, contando com os seus artistas nos comandos da viagem.
23:40 – Roly Porter – blackbox
Outrora parte integrante do pioneiro duo Vex’d, Roly Porter é nome a ter em conta na música eletrónica. Com “Third Law”, o mais recente disco, editado pela Tri Angle em 2016, Porter arrecadou as melhores críticas da imprensa especializada que o colocaram como uma figura de interesse deste então.
O programa de performances terá o custo de 5€ e será alinhado em vários locais do espaço gnration.